Se você sofre de Burnout ou quer evitar este mau, este texto é para você!
O Burnout é coisa séria e deve ser avaliado e diagnosticado apenas por especialistas, ok!
Mas afinal, o que significa Burnout e qual sua real importância?
A palavra Burnout tem origem inglesa e pode ser traduzida como "queimar-se por completo" . Este termo foi criado pelo alemão Herbert Freudenberger (1926-1999) em 1974.
Infelizmente o Ministério da Saúde ainda não consegue dizer com exatidão quantos brasileiros sofrem de Burnout, mas de acordo com uma pesquisa da Internacional Stress Management Association (ISMA-BR) calcula-se que 32% dos trabalhadores no país sofrem de Burnout o que significa mais de 33 milhões de cidadãos. Em um ranking de oito países nós ganhamos dos chineses, americanos e só ficamos atrás dos japoneses, com 70% da população atingida.
Tá, mas o que acontece na prática?
As pessoas que sofrem de Burnout podem ter estresse físicos ou psíquicos podendo causar dores, cansaço, desânimo, apatia, falta de interesse, irritabilidade, alteração no sono e apetite e tristeza excessiva.
Estão sendo feitos muitos estudos que falam sobre criar uma melhor forma de classificar o comportamento que se caracteriza por exaustão emocional, distanciamento das relações pessoais e diminuição do sentimento de realização pessoal que são consequentes a prolongados níveis de estresse no trabalho.
No Burnout existe uma incompatibilidade entre o relacionamento da pessoa com seu trabalho de maneira que cause a falta de conexão entre volume de trabalho, controle, reconhecimento, equipe, justiça, valores.
Qualidades como autoconfiança, perseverança, dedicação são abaladas e muitas vezes a estrutura da empresa, carga horária e a forma como os gestores conduzem a equipe não favorecem o melhor aproveitamento das qualidades do funcionário.
Quando se possui um ambiente de trabalho com um acúmulo de tarefas, responsabilidades, exigências e pressões sofridas pela alta demanda de trabalho pode-se ter um início de sintomas.
O esgotamento físico e mental, a sensação de impotência e a falta de expectativas são três componentes principais do Burnout e estes sintomas refletem em atitudes negativas como:
Faltas no trabalho
Agressividade
Isolamento
Mudanças bruscas de humor
Irritabilidade
Dificuldade de concentração
Lapsos de memória
Ansiedade
Depressão
Pessimismo
Baixa autoestima
Existem também os sintomas físicos que podem estar associados ao Burnout e devem ser levados em consideração como dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrintestinais
Falando agora sobre o corpo
Maior alvo atingido
Diversas áreas do cérebro podem ser afetadas pelo estresse excessivo no trabalho, mas a principal é o Hipocamo, região responsável pela atenção e retenção das novas memórias.
Fábrica parada
A massa cinzenta tem a capacidade de gerar novos Neurônios, inclusive para compensar em situações de adversidade mas o estresse crônico compromete esse processo.
Greve geral
A tensão faz o corpo liberar muita adrenalina e cortisol, hormônios que interferem no funcionamento do cérebro, mexem com o coração e chegam a debilitar a imunidade.
Um pouquinho de história
1869 Americano George Beard descreve a neurastenia como exaustão generalizada e culpa a civilização moderna por ela.
1936 Charles Chaplin escreve e protagoniza Tempos Modernos filme clássico sobre a jornada exaustiva de trabalho.
1974 Vítima do problema, o alemão Herbert Freudenberger faz a primeira descrição científica da síndrome de Burnout
1981 A psicóloga americana Christina Maslach cria um questionário para identificar o grau de estresse ocupacional.
1999 O Ministério da Saúde brasileiro inclui Burnout na lista de doenças relacionadas ao trabalho.
O Ranking do transtorno, as Profissões mais assoladas pelo Burnout no mundo
1 Agentes de segurança (policiais, vigilantes, guardas municipais...)
2 Controladores de voo
3 Motoristas de ônibus
4 Executivos
5 Atendentes de telemarketing
6 Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, cuidadores...)
7 Bancários
8 Professores
9 Jornalistas
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da síndrome de Burnout é realizado por profissional de saúde mental, seja ele psicólogo ou psiquiatra.
A partir dos sintomas apresentados, história pessoal e contextualização do momento atual, o profissional realiza o diagnóstico. Com relação ao tratamento, em muitos casos, será necessária a associação de medicação e psicoterapia.
Como prevenir a Síndrome de Burnout?
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout são estratégicas que diminuam o estresse e a pressão no trabalho. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.
Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
Participe de atividades de lazer com amigos e familiares.
Faça atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema.
Evite o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros.
Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo.
Faça atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação etc.
Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental.
Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.
Vale a pena agora avaliar e refletir suas atitudes e como anda seu ambiente de trabalho. Após avaliado, quais estratégias você poderá ter para que sua qualidade de vida se torne mais saudável.
Escute seu coração e caso precise, busque ajuda.
Estarei aqui também, caso precise conversar.
Beijos no seu coração e até breve! ☺️
Fontes de Pesquisa
Revista Saúde e Ministério da Saúde
https://www.einstein.br/estrutura/check-up/saude-bem-estar/saude-mental/sindrome-burnout Atualizado em: 30/05/2019 Fonte: Ana Merzel, coordenadora da psicologia Einstein
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